Na Semana da Mulher, esta FOLHA enviou duas perguntas para Rachel Cohen, médica veterinária e proprietária da Clínica Espaço Animal
FOLHA – Considerando o Dia Internacional da Mulher (8/3) e o Ano do Sesquicentenário de Ponte Nova, quais são as reivindicações que você prioriza como forma de otimizar a inclusão feminina na vida política e social de nosso município?
Rachel – Deveria haver maior incentivo para o treinamento e desenvolvimento intelectual e profissional das mulheres em todos os níveis e áreas de negócio, para encorajá-las a entrar em campos de trabalho não tradicionais. Não estou dizendo com isso que nós, mulheres, deveríamos ocupar cargos ou funções masculinas, mas, sim, que deveria haver responsabilidades e direitos compartilhados da mesma forma entre homens e mulheres para participarem e contribuírem igualmente com o governo e a sociedade.
FOLHA – Considerando o período que antecede a campanha pró-eleições municipais de outubro, como explicar as poucas candidaturas femininas vitoriosas e como criar ambiente para maior inserção das mulheres na vida político-partidária?
Rachel – Acredito que ainda é difícil para as mulheres optarem pela política como carreira, pois o âmbito familiar ainda é um grande empecilho para muitas, apesar de isso estar mudando e a mulher estar cada vez mais conquistando espaço em tal cenário político. Acredito, porém, que ainda há resistência das mulheres no acesso ao poder dentro dos partidos políticos, uma vez que na maioria deles não há uma política interna de inclusão de mulheres em cargos de direção e muitas vezes isso é justificado pela lei das cotas. Na minha opinião, essa “separação de gêneros”, mesmo com as cotas, dificulta ainda mais a inserção da mulher na vida política.
